sexta-feira, 27 de março de 2009
Índio surpreende chefes na reunião de cúpula
Aconteceu na conferência dos chefes de estado da União Européia, Mercosul e Caribe, realizada em Maio de 2002, em Madri.
Guaicaípuro Cuatemoc, cacique de uma nação indígena da América Central, surpreendeu os chefes de Estado europeus, que ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica irrefutável.
Eis o discurso :
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a encontraram só há 500 anos. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por um Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse.
Outro irmão europeu me explica que toda divida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento.
Eu também posso reclamar pagamento e juros. Consta no Arquivo das Índias que somente entre os anos 1503 e 1660 chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América. Terá sido isso um saque? Não acredito porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao Sétimo Mandamento! Teria sido espoliação?
Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão. Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirma que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos retirados das Américas!
Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de outros empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução,mas indenização por perdas e danos.
Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva. Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano ""MARSHALLTESUMA"", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, do banho diário e outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, poderemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional, responsável ou pelo menos produtivo desses fundos? Não. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo, sem um outro destino a não ser terminar ocupados pelas tropas estrangeira da OTAN, como no Panamá, mas sem Canal.
No aspecto financeiro foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros, quanto independerem das rendas liquidas, as matérias primas e a energia barata que lhes exporta todo o Terceiro Mundo. Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, e nos obriga a reclamar-lhes, para o seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente temos demorado todos estes séculos em cobrar.
Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmão europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros que os irmãos europeus cobram aos povos do Terceiro Mundo. Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro fixo de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça.
Sobre esta base, e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total seriam precisos mais de 300 cifras, e, que supera amplamente o peso total do planeta Terra."
Muito peso em ouro e prata...quanto pesariam calculadas em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para pagar esses módicos juros. seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demente irracionalidade dos conceitos capitalistas.
Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam, índios americanos. Porem exigimos a assinatura de uma carta de intenções que discipline aos povos devedores do Velho Continentes e que os obrigue a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permita entregar suas terras, como primeira prestação da divida histórica... ".
( Quando terminou seu discurso diante dos Chefes de Estado da Comunidade Européia, o Cacique Guaicaípuro Cuatemoc, nem sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a Verdadeira Divida Externa.
Agora só resta que algum Governo Latino Americano tenha a dignidade suficiente para impor seus direitos perante os Tribunais Internacionais.
Os europeus ali reunidos devem ter percebido que nesse tempo de globalização e tecnologia, índio já não quer mais apito, quer que lhe paguem o débito, com juros).
Fonte : Jornal do Comércio -Recife/PE - 21/05/2002.
sábado, 21 de março de 2009
Folhas de Outono
Mudar a estação no calendário , quase sempre significa, permanecer tudo do jeito que sempre foi. Esta minha impressão é reforçada quando leio o noticiário político, e me deparo com a volta dos que não foram.
Fernando Collor de Mello na presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado, com o apoio decisivo do senador Renan Calheiros – aquele que teve uma filha fora do casamento com a jornalista Mônica Veloso, que recebia pensão mensal no valor de R$ 12 mil,paga por uma empresa do ramo da construção.
Tem Sarney na presidência do senado, Lula com Delfim, nadando por mares nunca dantes abandonados.
Esses homens não seguem o ritmo da natureza, que se renova à cada outono, com suas folhas recicladas, rotas alteradas, fragrâncias amenas, e chuvas que vivificam o íntimo da terra.
( Luiz Castello )
CANÇÃO DE OUTONO
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...
Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
( Cecília Meireles )
quinta-feira, 19 de março de 2009
Saiba o que acontece quando você bebe um refrigerante cafeínado
Um dos compromissos do nosso blog é informar,por entendermos que a vida-consciência depende do conhecimento,e a informação ajuda a desenvolver o conhecimento.
Estou certo que,ninguem deixará de beber refrigerantes depois de ler o post; pelo menos saberemos o que estamos fazendo com nosso organismo.
Nos primeiros 10 minutos: 10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente. Você não vomita imediatamente pelo doce extremo porque o ácido fosfórico corta o gosto.
20 minutos: O nível de açúcar em seu sangue estoura forçando um jorro de insulina. O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura. (É muito neste momento particular.)
40 minutos: Absorção da cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sangüínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente. Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.
45 minutos: O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo. (Fisicamente, funciona igualzinho com heroína.)
> 60 minutos: O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina.
> 60 minutos: As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. (Você urina.) Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco os quais seus ossos precisariam.
> 60 minutos: Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar. Ficará irritadiço. Você já terá posto para fora tudo o que estava no refrí, mas não sem antes ter posto para fora junto coisas das quais seu organismo precisaria.
Os malefícios causados pela combinação de maciças doses de açúcar junto com a cafeína e o ácido fosfórico,estáo atuantes em quase todos os refrigerantes.
Comentário anexo :
"Em função dessas informações que vamos adquirindo,eu diminuí bastante meu consumo de refrigerantes, que era quase diário. A sociedade de consumo é show de bola ; faz a gente sentir privações em relação àquilo que não precisamos para viver. A água é que é "o cara ".
( Luiz Castello )
artigo original publicado aqui :
http://www.blisstree.com/healthbolt/what-happens-to-your-body-if-you-drink-a-coke-right-now/
quarta-feira, 18 de março de 2009
O Amor Profano
O amor é uma agonia
chega de repente vem na contramão
solidão de astronave
prazer e dor na asa do furacão
Que fazer
quando o único amor possível não é possível ?
Será que é impossível amar só uma mulher ?
Quem entende o coração ?
Por que corromper o que não se acaba ?
amor e castigo andam de mãos dadas
virtude e paixão farol e vulcão
no abismo do mar azul
quero entender meu coração
quero entender meu coração
no abismo do mar azul
no abismo do mar azul
quero entender meu coração
( Luiz Castello )
segunda-feira, 16 de março de 2009
O Folclore da Net
Virou folclore na net !
Textos de autores anônimos ou conhecidos,serem atribuidos à escritores consagrados.
Confesso que pensei certa vez, colocar na pena de Luiz Fernando Verissimo, uma estória que escrevi,revelando "O último pedido do papai Noel ".
A finalidade era fazer circular rápidamente pelo mundo virtual, por conta do nome famoso.
Desisti,por achar desrespeitoso com ele, e depreciativo para comigo mesmo.
O primeiro "filho bastardo" que li, encantou-me pela sua arquitetura ;
pode ser lido de cima pra baixo e de baixo pra cima.
Eis aqui na íntegra,um dos clássicos da web :
Não te amo mais
de: ‹Autor Desconhecido›
atribuído a: ‹Clarice Lispector›
(para ser lido subindo ou descendo)
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
sábado, 14 de março de 2009
Espelho da Divindade
Espelho da Divindade, contempla meu sentimento
tua face é gloriosa na alegria e no tormento
mas eu ando meio fraco,pra seguir esse movimento
de morrer-nascer-morrer...por toda a eternidade
Se o centro de gravidade da Terra, nesse momento
balança contando as horas para um novo alinhamento
No sonho da Divindade,será que sou personagem
Perguntando; qual o destino da quinta humanidade ?
Eu quero a plasticidade do vôo de uma libélula
no plano sutil, liberto da cadeia das células
E penso ter o direito de saber a finalidade
de morrer-nascer-morrer...por toda a eternidade
Ah espelho meu !
Me responde por favor
Diz quem sou eu
De onde vim pra onde vou
Espelho da Divindade, perdoa o atrevimento
Tú sabes que eu sou nada diante do firmamento
e hoje ainda por cima, peguei no meu instrumento
Pra lembrar um pouquinho dela...tô morrendo de saudade !
( Luiz Castello )
quinta-feira, 12 de março de 2009
Dois Amigos Chineses.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Dona Maria, carnaval, e cinzas.
Que outra mãe teria coragem de pegar o filho mais velho, e o filho mais novo (myself) agarrados na saia e carregar até à Praça Onze, pra curtir a folia dos anos 60 ?
Ela amava o carnaval.
É bonito abrir o álbum de famíla e contemplá-la nas suas variadas encarnações: tirolesa, jardineira, pirata, baiana, foliã incansável.
Os blocos passavam, e assistíamos do meio fio os passistas e as pastoras desenvolverem sua arte de inventar passos coreográficos absolutamente mágicos.
De tão próximos, sentíamos o hálito quente e perfumado das fantasias.
Um dia – e há sempre um dia – irrompeu, sabe-se lá de onde ou porquê, a polícia montada, no meio dos foliões.
E Dona Maria abraçada aos seus dois pintinhos, o coração pulando dentro da boca, encostada no muro de uma daquelas ruas laterais mal iluminadas, enquanto a multidão corria e gritava de um lado pro outro, sem destino.
Assim termina a história dos nossos carnavais na Praça Onze.
Como eu disse; ela era uma adorável biruta, não uma irresponsável biruta.
&
Castello saúda o bloco da dona Maria, que já fez sua passagem.
E deseja um bom carnaval a todos.
terça-feira, 10 de março de 2009
E Agora ?
Salve Salve !
Nunca pensei que fosse tão fácil colocar um blog no ar.E tão rápido.
Clickei 2 vezes seguidas em "continuar",depois de seguir instruções mínimas e pronto ! Olha eu aqui,diante de um mural branquinho,sentindo-me na obrigação de afixar palavras,que façam sentido e prendam a atenção de algum viajante perdido nessas trilhas virtuais.Parece que fui empurrado pra dentro do palco,com a recomendação única de "fazer alguma coisa".
Tudo bem ! Vamos juntos fazer alguma coisa ; cantar,sapatear,lutar por justiça social,mostrar as falcatruas dos políticos corruptos,descobrir os honestos - é certo que eles existem - recitar poesia,transcender,sorrir e chorar,tentar escrever direitinho,sem transgredir muito a norma culta da língua.
O professor baiano,Henrique José de Souza,disse que,"evoluir é transformar a vida-energia em vida-consciência".É legal,colocar o bonde sôbre os trilhos sugeridos pelo prof.
Desconfio que acabei de escrever meu primeiro post.
Namaste !
Luiz Castello