sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dia 28 – Gita Jayanti Aparecimento do Bhagavad-gita

gita_2006.jpg

O Bhagavad-gita, na forma da conversa entre Krishna e Arjuna, foi falado neste dia, aproximadamente 5100 anos atrás.

O Bhagavad-gita, também conhecido como Gitopanishad, é a essência do conhecimento Védico, e um dos mais importantes Upanishads na literatura Védica. Ele contém o conhecimento completo da sabedoria Védica.

O estudo do Gita compreende cinco verdades básicas. Primeiro que tudo, a ciência de Deus, ishvara, é explicada, e, então, se explica a posição constitucional das entidades vivas, as jivas. Há o ishvara, o que significa controlador, e há as jivas, as entidades vivas que são controladas. Também são discutidos prakrti (natureza material), kala (tempo - a duração da existência de todo o universo, ou a manifestação da natureza material)e karma (atividade). Do Bhagavad-gita devemos aprender o que é Deus, o que são as entidades vivas, o que é esta manifestação cósmica, como ela é controlada pelo tempo, e quais são as atividades das entidades vivas.

gitadhyayana-shilasya

pranayama-parasya cha

naiva santi hi papani

purva-janma-krtani cha

"Se alguém lê o Bhagavad-gita mui sinceramente e com toda a seriedade, então, pela graça do Senhor, as reações de seus malefícios passados não agirão sobre ele." - Gita-mahatmya, verso 2

maline mohanam pumsam

jala-snanam dine dine

sakrd gitamrta-snanam

samsara-mala-nashanam

“Alguém pode ficar limpo tomando um banho diário, mas se ao menos uma vez ele toma um banho nas águas do sagrado Ganges do Bhagavad-gita, para ele a sujeira da vida material extingue-se por completo.” - Gita-mahatmya, verso 3

bharatamrta-sarvasvam

vishnu-vaktrad vinihsrtam

gita-gangodakam pitva

punar janma na vidyate

“Se aquele que bebe a água do Ganges obtém a salvação, então, o que dizer daquele que bebe o néctar do Bhagavad-gita? O Bhagavad-gita é o néctar mais refinado do Mahabharata, e é falado pelo próprio Senhor Krishna, o Vishnu original.” - Gita-mahatmya, verso 5

sarvopanishado gavo

dogdha gopala-nandanah

partho vatsah su-dhir bhokta

dugdham gitamrtam mahat

“Este Gitopanishad, o Bhagavad-gita, a essência de todos os Upanishads, é tal qual uma vaca, e o Senhor Krishna, que é famoso como vaqueirinho, está ordenhando essa vaca. Arjuna é o bezerro, e aos estudiosos eruditos e devotos puros se recomenda beber o leite nectário do Bhagavad-gita.” - Gita-mahatmya, verso 6

(Extraído do site Golden Avatara)


“Quando as dúvidas se apoderam de mim, quando me defronto visivelmente com decepções, e não me resta esperança, recorro ao Bhagavad-gita e encontro um verso que me conforta. Imediatamente começo a sorrir em meio ao mais angustiante pesar. Aqueles cuja meditação inspira-se no Bhagavad-gita sentirão uma alegria que se renova a cada instante e descobrirão novos significados a cada leitura.”
- Mahatma Gandhi


"Pela manhã eu banho meu intelecto na estupenda e cosmogônica filosofia do Bhagavad-gita em vista do qual o mundo moderno e sua literatura tornam-se triviais e insignificantes.”
- Henry David Thoreau


"O Bhagavad-gita, o livro número um; é como se nos tivesse falado não um pequeno e acanhado, mas um grandioso, sereno e consistente império; a voz de uma antiga inteligência que em outra época e clima ponderou e solucionou esses mesmos problemas que nos afligem.”
- Ralph Waldo Emerson


“No Bhagavad-gita, o verbo divino, Krishna, nos ensina, nos guia e nos impulsiona na permanente batalha que nos levará do conflito à paz, das trevas à luz, da dor à plenitude. Os brasileiros têm uma dívida para com o Swami Prabhupada por lhes dar acesso ao Bhagavad-gita Como Ele É, numa rica interpretação devocional, na luz de Krishna Caitanya. Ler é pouco. Meditando sobre a divina mensagem e vivendo-a no dia-a-dia, é que podemos superar e transcender.”
- Prof. José Hermógenes

Recebi essa mensagem do Grupo "Amigos de Krishna" em Grupos do Google.

( Luiz Castello ).

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As Decepções do Brasileiro.

Complexo de Vira Lata.

É assim que Nelson Rodrigues entendia o sentimento de inferioridade que o brasileiro demonstra, voluntáriamente, diante dos outros povos, e eu acrescentaria, às vezes, diante de segmentos do seu próprio povo.
Existem teses à respeito. Quais seriam as causas do medo que o brasileiro sente de ser feliz ?
Deixo as análises à cargo de especialistas, apenas irei assinalar alguns exemplos no esporte.
No ano passado vi o Massa perder 2 corridas para ele próprio, e consequentemente o campeonato da fórmula 1. Incrivel, numa delas, não tinha absolutamente ninguém à sua frente, e nem atrás a pressioná-lo, seu carro flanava nas nuvens, de repente, o cara sai da pista, encalha na caixa de brita e... Babáu.
Vi a campeoníssima Daiane dos Santos chegar na Olimpíada 2004 como favorita à nossa primeira medalha de ouro na ginástica feminina, e na hora H dar um salto mortal pra fora do tablado, e... Babáu.
Na Olimpíada seguinte foi a vez do extraordinário Diego Hypólito cair de bunda no chão, e sensibilizar o Brasil inteiro com aquele seu comovente olhar de “Meu Deus, eu não acredito “.
Abundam, igualmente no futebol, os casos em que os brasileiros – sabe-se lá por que cargas d’água– recusam-se a chegar lá, nos píncaros da glória, quando tem tudo à seu favor.
No brasileirão desse ano, depois do Inter, Goiás e o Galo mineiro, sobraram 3 times que disputam à pau, quem é que não quer levantar o caneco.
O Palmeiras teve a maior chance, liderou 18 rodadas, ficou 12 pontos à frente do São Paulo e... Babáu.
O Flamengo, que no princípio freqüentou a zona do rebaixamento, acordou tarde, e viveu seus 15 minutos de glória nesse domingo, quando jogou fora a chance de assumir sozinho a ponta da tabela.
O São Paulo parece estar de ressaca de tantas conquistas. Ganhou de presente a faixa de campeão desse ano, e esforça-se em repassá-la, mas nem Palmeiras nem Flamengo estão afim.
Nenhum dos 3 impõe aquela pegada de campeão, nenhum consegue convencer. Os 3 estão com chances, pela irregularidade, incompetência e medo de ser feliz.
O mais vira lata, vai roer o osso no final.

Luiz Castello.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

E no Dia da Consciência Negra...

Um Preconceito Animal.

Quem de nós, nunca ouviu alguem dizer assim :
- Meu cachorro não gosta de preto. Quando ele vê um crioulo, só falta derrubar o portão, pular o muro, o bicho fica louco.

Nesse caso, o que se deve fazer ;
Aplicar a Lei Afonso Arinos, ou chamar a carrocinha ?

Luiz Castello.

domingo, 15 de novembro de 2009

A Lucidez Perigosa.

A Lucidez Perigosa.

Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.

Pois sei que – em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amen.

Clarice Lispector

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Enrolação da Novela das 8.

Pra quem ainda alimenta dúvidas sôbre, como os autores de novelas desprezam nossos neurônios, a revista da TV ( o globo ), do dia 1/11/09 traz esse diálogo entre Mariozinho Rocha, diretor musical da Globo, e Manoel Carlos, autor de Viver a Vida;
A matéria trata da escolha das músicas que estão sendo lançadas em CD, como parte da trilha sonora do folhetim eletrônico, e lá pelas tantas diz Mariozinho :
- Ele demorou para mandar a sinopse e eu comecei a ficar preocupado. Aí ele brincou : "Voce já não fez outras novelas minhas ? É a mesma há 20 anos !"- ri Mariozinho.

Ri, de que, ou de quem ? pergunto eu...

Luiz Castello.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A Negra Helena.



No coração do Meier – a capital dos subúrbios do Rio de Janeiro - existe uma rua chamada “Castro Alves”.

Nesta rua do poeta abolicionista, autor de `Vozes da África, O Navio Negreiro ` - entre outras obras, que clamavam pelo fim da escravidão da raça negra no Brasil - tem um salão de beleza, cuja entrada está ornamentada com um pôster gigantesco, cinematográfico, da atriz Taís Araújo.

As madeixas da top model de renome internacional, personagem representada pela linda atriz, viraram coqueluche nos salões cariocas.O Globo noticiou que as meninas do interior do Estado, alugam ônibus e partem em caravanas pra capital, uma vez que, os profissionais das suas cidades, ainda encontram-se desaparelhados, desatualizados em relação às artes capilares da novela das 8.

É preciso viver a vida pra descobrir que hoje em dia, quem está literalmente fazendo a cabeça da mulher negra no Brasil, é a novela do Manoel Carlos.

Luiz Castello.