sábado, 10 de setembro de 2011

Todo dia, 3 Torres Gêmeas caem no mundo

A face cruel desse atentado diário contra a vida, é que todas as vítimas são crianças.

Nos sertões, nas caatingas, desertos, nas cidades, e nas periferias, 11 mil crianças - dado estatístico da ONU - são sacrificadas diariamente pelo ataque terrorista da fome, que dilacera seus pequeninos corpos por dentro, nas vísceras - minúsculas torres humanas implodidas no silêncio e na solidão. Ninguém chora, nenhuma cabeça coroada da Europa deposita flores, nenhum chefe de Estado ergue monumento In Memoriam.

O ataque terrorista de 11 de setembro provoca o repúdio, a indignação, pelas causas divulgadas (não há nada que justifique), e pelas medidas oportunistas, adotadas como resposta.
Os familiares das 3 mil pessoas mortas, merecem nossa corrente de solidariedade, mas os 11 mil anjinhos de asas partidas - muitos, antes de completar 5 anos - que tombam todos os dias, também deveriam ser lembrados, principalmente pelos governos que não cumprem o que está escrito nas suas Constituições. Sabe-se que existem alimentos suficientes para saciar a fome da humanidade, falta é vontade política para repartir o pão irmãmente.

Onze mil crianças, pretas, brancas, amarelas, mestiças, de todos os credos políticos, religiosos. Um infanticídio sócio-econômico, promovido pela má distribuição de renda e de alimento entre a população mundial.

Poder-se-ia instituir um dia no ano para lembrar o atentado da fome. Uma boa sugestão seria o 12 de outubro "Dia da criança". Alguém irá objetar que esse dia é de alegria, dia de dar presentes aos pequerruchos. 
Tudo a ver.

Afinal, existe presente melhor do que dar a uma criança, o direito de viver?

(Luiz Castello)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência, com o jeitinho brasileiro.

O Brasil pagou à coroa lusitana uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas em troca do reconhecimento da nossa independência, numa batalha diplomática que se estendeu por 3 anos após o emblemático Grito do Ipiranga. A Inglaterra emprestou o dinheiro, que nem saiu de lá, porque Portugal devia à coroa britânica. 
Outra curiosidade foi o regime republicano esperar mais de 50 anos para ser proclamado.
 
Assim foi nossa independência. No plano politico continuamos com a monarquia e na economia demos inicio à dívida externa que perdura até nossos dias.
 

Viva a Independência!

(Luiz Castello)