sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Voto útil. Voto fútil.

Um dia, a democracia será pra valer no nosso país. O voto deixará de ser obrigatório. Os partidos terão mais participação popular, principalmente na hora de escolher seus candiatos à cargos eletivos. Estas duas conquistas me livrariam do incômodo de não ter um representante em quem votar, e do trabalho de sair de casa no domingão sómente pra autografar a lista do TRE.
O Sistemão tem uma capacidade inesgotável de tirar vantagem das suas imperfeições, e ipso facto, autopreservar-se.

O voto útil foi transformado, de maneira sub-reptícia, em posicionamento político. "Não tem candidato que o represente, vote no menos ruim".
É a ideologia do conformismo, arraigada em outros setores da nossa vida. Alguns exemplos:
Você entra na farmácia com a receita de um remédio, e lá vem o farmacêutico: - Acabou, mas leva esse aqui que é a mesma coisa.
O vendedor da loja de roupas: - Ela não está apertada, quando você começar a usar, vai alargar.

Até na música popular, está inoculado o vírus conformista: "Quem não tem colírio, usa óculos escuro". "Se não tem carne, eu compro um osso e ponho na sopa, e deixa andar, deixa andar". "Às vezes passava fome ao meu lado, e achava bonito não ter o que comer".

Nessas eleições resolvi dar um basta na empulhação. Votarei em branco.
Relaxar e gozar ? Só se for com a mulher amada.

Que Deus ilumine suas consciências na hora de confirmar os votos.
Boa sorte para todos.

(Luiz Castello)

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