Há algum tempo eu comento com familiares e amigos, o sumiço dos pardais.
Era uma delicia curtir a algazarra vespertina desses passarinhos, empoleirados nas goiabeiras, jameloeiros, mangueiras, e amendoeiras, da vila onde nasci e me criei.
Os pardais fazem parte do santuário dos quintais suburbanos. Livres da espoliação, pelo seu nenhum valor comercial, era de se acreditar na companhia eterna desses bichinhos, antídotos alados, a impregnar de poesia o espaço citadino dominado pela fúria ruidosa dos motores.
Eis que leio na coluna do Joaquim Ferreira dos Santos – O Globo 27/06] :
Cadê os pardais?
“Os pardais estão sumindo”, confirma o diretor do Comitê Brasileiro de Registros Ornitólogos, Fernando Pacheco. “Não há um censo e as causas são desconhecidas, mas o sucesso reprodutivo dos pardais está prejudicado, talvez por uma doença ainda não identificada.”
Não bastasse esse infortúnio, a prefeitura do Rio de Janeiro arranjou um modo de manchar a memória das avezinhas passerídeas, que nidificam, ou nidificavam, em habitações humanas – segundo, o mini Aurélio – batizando com seu nome, equipamentos instalados em esquinas, para multar motoristas distraídos.
Doravante, as novas gerações identificarão como pardais, a milionária indústria das multas de trânsito.
Meus amados irmãozinhos não mereciam este triste fim!
(Luiz Castello)
sinto falta destes bichinhos tbm remete a infancia hj em dia em Belo horizonte nao existem mais ....
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