sábado, 2 de outubro de 2010

Nada de novo no front eleitoral


Nada de novo foi proposto no front das eleições. E nem precisava; os brasileiros sabem muito bem o que devem fazer pra mudar, e o que não devem, pra deixar como está. Optarão, em sua maioria, pela mesmice. Quando o último indicador confirmar na urna eletrônica a vitória de Dilma Roussef, a primeira presidente mulher da história do país dará início à corrida do ouro, dos cargos, pastas, cadeiras, num pega-pra-capá entre coligados, digna de uma guerra entre famílias na velha Chicago do Al Capone.

Dilma será a primeira mulher a administrar os interesses da plutocracia que há 500 anos inseriu as Américas no mercado mundial como simples objeto de consumo. A América latina é uma mulher-objeto.

Serra faria diferente? E Marina? Quando inquiridos nos debates, deram sinais de que, para custear seus programas de governo (não mostraram, mas presumo que tenham), vão continuar recolhendo a bagaça cuspida no prato, pelo grande capital.

Plinio Sampaio foi o único a mexer na casa de marimbondo, e viu seu discurso ficar rotulado como o samba de uma nota só. Um eleitorado que sequer reflete sobre a dívida que ele não fez, não sabe quem fez, porque fez, mas que ele paga em juros flutuantes, ilegais diante das leis internacionais, quer ouvir outras notas, pra que?

O glossário neo-liberal ensina que sem a grana das potencias hegemônicas, os subdesenvolvidos ficam estagnados. Tal aforismo, canhestro diante da situação atual de algumas dessas impotências, consegue arregimentar prosélitos, que não sabem explicar porque as matrizes que lhes ditam tais verdades, não encontram um lugarzinho na história, para incluir amplos setores de sua própria classe trabalhadora. São 12 países na Europa sacudidos por protestos, greves, e demais manifestações contrárias à política de arrocho salarial, desemprego, e aumento na idade mínima obrigatória para aposentadoria – esta, defendida pelo candidato Serra, afinal, o que é bom para primeiro mundo, é bom para o Brasil, né?

A colonização do pensamento, é a pior forma de escravidão que existe. Ela faz um povo perder a guerra, convencido da inutilidade de lutar ( ensina Sun Tzu, na "Arte da Guerra", com outras palavras)

Na metáfora do futebol, eu comparo os presidenciáveis à seleção do Dunga.

Dilma, Serra e Marina, são os 3 cabeças de área, com seus toques de bola, previsíveis. A Marina com um pouquinho mais de técnica, ensaia umas jogadas de efeito, chaleiras recicláveis, educação no drible da vaca, passes sustentáveis de calcanhar, mas instruída pelos técnicos do FMI, recua junto com os outros dois cabeças de bagre, pra jogar na defesa, dos interesses do grande capital.

O craque Plinio Sampaio Ganso, está na lista de espera. Ele é muito novinho, não tem idade, ainda, pra vestir a camisa dez, de presidente do Brasil.

Luiz Castello.

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