Minha avó quando vinha de Juiz de Fora,
costumava, do quintal da minha casa,
apontar pro morro lá longe e dizer,
com um tom de voz, profundo:
- Lá, é o fim do mundo.
Eu menino, acreditava no que ela contava
pra mim
Via na muralha de rochas maciças
verde-azuladas, o fim,
e sentia uma nostalgia,
dessa fronteira que desconhecia.
Era longe, muito longe, onde o mundo acabava.
Cresci e descobri que o fim do mundo tinha nome;
“Serra de Jacarepaguá”.
Eu e minha vovó Nina
agora sabemos que a vida vai além da serra,
para a terra onde ela foi morar.
Deixou seu olhar fecundo
no quintal da minha casa
Do lado de cá,
do fim do mundo.
(Luiz Castello)
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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