quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Um Que Tenha - não tem mais.


O blog “Um que tenha”, possuidor de riquíssimo acervo de musica popular brasileira, disponível para downloads, “não existe mais”. As informações são desencontradas, mas navegando por mares internéticos, constatei alguns protestos que levam a crer que foi tirado do ar no dia 20/08/2009.

Certa vez, eu tomava um cafezinho na loja do palheta, no centro da cidade, onde se passava o mais gostoso cafezinho do mundo, e quando olhei pro lado, dei de cara com o multi-instrumentista, e compositor Egberto Gismonti.

Depois de derramar sôbre ele um monte de abobrinhas características da tietagem, comentei à respeito da dificuldade em achar seus discos nas lojas, em especial, os mais antigos. Egberto então falou-me que havia disponibilizado sua obra para ser baixada na net, o que deixou-me surpreso, pois na época eu nem sonhava em ter um PC, desfamiliarizado estava eu, em relação à esses novos meios de comunicação entre o artista e seu público.

Cabe agora perguntar ; se o autor libera, quem, em nome de quem, tira a obra de circulação?

A questão está posta ; Download X Direitos Autorais.

O download, filho da nova tecnologia que invadiu nossas casas sem pedir licença, e os direitos autorais e de gravação, ainda sob a batuta dos velhos contratos, firmados durante o reinado das grandes Companhias de Disco.

Tenho acompanhado algumas tentativas de atualização das regras entre artista, gravadora e internet, e praticamente em todas elas se defende a velha estrutura montada pela indústria fonográfica, incapaz de se adaptar aos novos rumos, como se fosse possível fazer o galo voltar à viver dentro do ovo. O projeto de lei do senador Azeredo, que restringe a liberdade dos internautas, chega a ser ridículo, para não dizer perigoso.

Enquanto as respostas flutuam sem direção certa, deixarei linkado na nossa blogosfera o “Um Que Tenha”, como presença viva de uma ideia generosa, que disponibilizou inúmeros tesouros musicais ameaçados de serem apagados da memória dos brasileiros – muitas dessas relíquias encontra-se fora de catálogo.

O “Um Que Tenha”, ganhou respeito e admiração por parte dos próprios artistas, alguns pediam ao Fulano Sicrano – assim apresentava-se o dono do blog – para linkar seus trabalhos, como forma de divulgação.

Criou-se no mundo virtual, o mito da internet democrática, que é fantasioso. A internet está hospedada no sistema capitalista, que não recua diante dos seus interesses de lucrar acima de todas as coisas.

Nesse ponto, o modo capitalista de ser, não se contradiz.

Onde houver capitalismo, haverá sempre uma Democracia Virtual.

Luiz Castello.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Música em Estado de Dicionário - Toccata e Fuga.

Toccata como o nome em italiano sugere, é uma obra musical para ser tocada por um instrumento de teclas, geralmente órgão ou cravo, e exige grande destreza do intérprete, nas quais uma das mãos e depois a outra realizam corridas virtuosísticas e brilhantes passagens em cascata contra um acompanhamento de acordes na outra mão.
Surgiu no final da Renascença, mas teve seu apogeu nas inspiradas composições de Johann Sebastian Bach.
Suas toccatas para órgão são improvisações brilhantes e freqüentemente – como no vídeo, aqui postado - são seguidas por um movimento em forma de fuga independente. Em tais casos, a toccata é utilizada no lugar do prelúdio.

Fuga é um estilo de composição contrapontista polifônica e imitativa, de um tema principal, com sua origem na música barroca.
Começa com a apresentação do tema. Uma segunda voz entra depois , tocando o mesmo tema numa outra tonalidade, enquanto a primeira voz continua desenvolvendo com um acompanhamento contrapontista. As vozes restantes entram, uma de cada vez, sempre iniciando com o mesmo tema. O restante da fuga desenvolve o material posterior utilizando todas as vozes e, usualmente, múltiplas declarações do tema.
O efeito causado por essa forma de apresentação de um tema musical, é o de uma correria de frases musicais, como se o compositor estivesse fugindo e perseguindo – o que o próprio nome já indica, fuga - todas as pequenas partes do tema espalhados pela música com cada uma de suas diversas variações.


A Toccata e Fuga em Ré Menor de Bach
é o mais perfeito exemplo do que acabamos de dizer de forma simplificada. Meu humilde objetivo é colaborar para que a música seja curtida de forma mais consciente, é possível perceber as intenções do compositor presentes na obra, porém reconheço que o principal é deixar-se levar pela profusa onda sonora, que enleva nossas almas por mares nunca dantes navegados.



Organista
: Kurt Ison.
Sydney Town Hall.
Produção : Christhoper Hayles, 2002.

Fonte de pesquisa : Wikipédia.

sábado, 15 de agosto de 2009

O Conhecimento que Liberta.


Os Vedas.

O dia 9 de agosto marca o aparecimento no mundo material, de Srila Prabhupada, um dos grandes filósofos indianos do século XX. Sua Divina Graça, merece um post especial, o que será feito oportunamente.

Hoje reproduzirei um dos seus textos que fala sôbre “Os Vedas”, um conjunto de livros sagrados que aborda todos os campos do conhecimento humano.

Prabhupada, além de erudito, foi um grande Vaisnava – devotos de Visnu - possuindo então a vivência plena e prátida da cultura védica, que extrapola as fronteiras da India, para constituir-se num patrimônio universal da humanidade.

( Luiz Castello )


“O que são os Vedas?

A Raiz verbal sânscrita de veda pode receber várias interpretações, mas o significado acaba sendo um. Veda significa conhecimento. Qualquer conhecimento que se aceite é Veda, pois os ensinamentos transmitidos nos Vedas são o conhecimento original.
No estado condicionado, nosso conhecimento está sujeito a muitos defeitos. A diferença entre a alma condicionada e a alma liberada é que a alma condicionada tem quatro espécies desses defeitos, (1) ela não pode deixar de cometer erros, (2) iludir-se, (3) é propensa a enganar os outros e, (4) os sentidos são imperfeitos.
Os Vedas não são compilações do conhecimento humano. O conhecimento védico vem do mundo espiritual, do Senhor Krishna. Outro nome para os Vedas é sruti. Sruti refere-se ao conhecimento que se adquire ouvindo; não é conhecimento experimental. Os Vedas ensinam que para compreender o conhecimento transcendental, temos que ouvir a autoridade.
O primeiro ser criado foi Brahmã. Ele recebeu esse conhecimento védico, e o transmitiu a Narada e a outros discípulos e filhos, os quais também o distribuíram a seus discípulos. Dessa maneira o conhecimento védico é transmitido através de sucessão discipular. Confirma-se também no Bhagavad-gita que este é o processo pelo qual o conhecimento védico passa a ser compreendido.
Em consciência de Krishna nossa fonte de conhecimento, o Bhagavad-gita, vem diretamente de Krishna. Publicamos o Bhagavad-gita Como Ele É porque aceitamos o que Krishna fala sem nenhuma interpretação. Isto é conhecimento védico.
Originalmente, havia apenas um Veda, e não havia necessidade de lê-lo. As pessoas eram tão inteligentes e tinham memórias tão aguçadas que compreendiam-no mesmo após o mestre espiritual recitá-lo uma única vez. Porém, para as pessoas dessa era, Vyasadeva, há cinco mil anos, passou a escrever os Vedas. Ele sabia que, com o decorrer do tempo, as pessoas teriam vida curta, suas memórias seriam muito fracas e suas inteligências não muito aguçadas. Foi por isso que passou a ensinar esse conhecimento védico sob a forma escrita. Ele dividiu os Vedas em quatro: Rg, Sãma, Atharva, e Yajur. Então, deixou-os a cargo de seus diferentes discípulos. Levou em conta a classe feminina e os sudras (a classe operária) e os dvija-bandhus. Dvija-bandhus refere-se àqueles que nascem em família elevada, mas não tem a devida qualificação. Um homem que nasce numa família de brahmana, mas não tem qualificação brahmínica, chama-se dvija-bandhu. Para essas pessoas Vyasadeva compilou o Mahabharata, chamado a história da Índia, e os dezoito Puranas. Compõem a literatura védica os Puranas, o Mahabharata, os quatros Vedas em si e os Upanisads. Por fim, na obra chamada Vedanta-sutra, Vyasadeva resumiu para os eruditos e filósofos o conhecimento védico. O Vedanta-sutra é a palavra final dos Vedas.
Vyasadeva pessoalmente escreveu o Vedanta-sutra sob a instrução de seu guru, Narada. Ainda assim, Vyasadeva continuava insatisfeito. Esta é uma longa história, descrita no Srimad- Bhagavatam. Então Narada, seu mestre espiritual, instruiu-o: “Passa a explicar o Vedanta-sutra”. Vedanta “significa conhecimento último”, e o conhecimento último é Krishna. Krishna diz que todos os Vedas servem para as pessoas compreendê-lO: vedanta-krd veda-vid eva caham, “Sou o compilador do Vedanta-sutra, e o conhecedor dos Vedas”. Portanto o objetivo último é Krishna.
O Srimad-Bhagavatam começa com as mesmas palavras que abrem o Vedanta-sutra: janmady asya yatah (Deus é o início de tudo). E o Srimad-Bhagavatam explica na íntegra este janmady asya yatah. O Vedantha-sutra apenas sugere o que é Brahman, a Verdade Absoluta: “A Verdade Absoluta é aquele de quem tudo emana”. Este é apenas um resumo mas tudo está explicado pormenorizadamente no Srimad-Bhagavatam. Se tudo emana da Verdade Absoluta, então qual é a natureza da Verdade Absoluta? Isto está explicado no Srimad-Bhagavatam.
A Verdade Absoluta tem que ser consciência. Ele á auto-refulgente (sva-rat). Desenvolvemos nossa consciência e conhecimento recebendo o conhecimento que outros nos transmitem, mas afirma-se que Krishna é auto-refulgente. O resumo total do conhecimento védico é o Vedanta-sutra.
Por fim, pedimos àqueles que estão realmente em busca do conhecimento védico que tentem compreender a explicação de todo o conhecimento védico, recorrendo ao Srimad-Bhagavatam e ao Bhagavad-gita”.

Fonte: Sri Isopanisad / A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada; (tradução e redação de Isvara dasa e Indrasarana dasa). 8. ed. – São Paulo: Bhaktivedanta, 1999.

sábado, 8 de agosto de 2009

Exaltação ao Dia 8 de Agosto !


Dedico esse post aos Dwija Bandhus, duas vezes nascidos.

Que a Luz se Faça,

E a Verdade nos Liberte !




Que vídeo legal !

Essa técnica de meditação é maravilhosa. Pode ser praticada por qualquer pessoa, independente de filosofia, política ou credo religioso. Seus resultados na vida prática são imediatos.

Eu recomendo.


"O preço da liberdade é a eterna vigilância".

( autor desconhecido )

"Vigiai e Orai, para não cairdes em tentação".

( Jesus - Mateus, 26,41 )

“Vigiai, para não cairdes prisioneiro, na roda desgovernada dos pensamentos”

( comentário de Luiz Castello ).


Abençoado Dia 8 de Agosto de 1983 !